Com as sucessivas crises mundiais do petróleo, foi necessário voltar a atenção para outras fontes de energia.
O óleo vegetal tornou-se uma das mais importantes opções, principalmente na Europa. Atualmente, na União Europeia, o óleo vegetal é um biocombustível reconhecido e regulamentado, sendo amplamente utilizado em caminhões, ônibus, pick-ups, tratores, carros de passeio, barcos e geradores.
O óleo vegetal é um combustível abundante e renovável, não finito como os derivados de petróleo. Pode ser produzido em todos os países e sob as mais variadas condições climáticas.
É um combustível seguro e de baixo custo. O óleo vegetal não é volátil e tem um ponto de fulgor em torno de 200°C, de modo que não é inflamável, nem explosivo, podendo ser armazenado sem riscos, por longos períodos. Também, é biodegradável, não prejudicando nem a terra, nem o ar, nem a água.
Diferentemente da indústria do etanol, cujo modelo é de grandes usinas, a ideia da produção de óleo vegetal baseia-se na descentralização. Nesse sentido, descentralização significa que o óleo poderá ser produzido numa grande quantidade de pequenas propriedades e ser consumido localmente, seguindo o mesmo modelo da produção de leite, por pequenos pecuaristas.
O Brasil possui um grande potencial de produção de óleo vegetal, capaz de alimentar boa parte da população mundial e de produzir energia.
A variedade de plantas oleaginosas é enorme, representada por espécies como: dendê, macaúba, babaçu, tucum, coco, juriti, noz-pecã, castanha, macadâmia, pinhão, amendoim, soja, canola, nabo forrageiro, pinhão-manso, tungue, girassol, algodão, linhaça, gergelim, crambe, cártamo, nim e moringa, dentre muitas outras.
O cultivo de oleaginosas pelos pequenos agricultores é uma forma de aumentar a renda, sem comprometer a produção de suas lavouras tradicionais. As oleaginosas podem, inclusive, ser produzidas na entressafra das outras culturas.
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Por Daniela Guimarães.